3
jun
2016
[Cod. Trabalho : 1985]
PÔSTER
CIRURGIA DE EQUÍDEOS
Autores: ROBERTA CARNEIRO DA FONTOURA PEREIRA (UNIJUÍ – BRASIL)/AUTOR PRINCIPAL /APRESENTADOR
FLÁVIO DE LA CÔRTE (UFSM – BRASIL)/AUTOR
KARIN ÉRICA BRASS (UFSM – BRASIL)/AUTOR
MARCOS DA SILVA AZEVEDO (UFSM – BRASIL)/AUTOR
CAMILA CANTARELLI (UFSM – BRASIL)/AUTOR
MIGUEL GALLIO (UFSM – BRASIL)/AUTOR
MARIA ANDRÉIA INKELMANN (UNIJUÍ – BRASIL)/AUTOR
ALFREDO SKREBSKY CEZAR (UFSM – BRASIL)/AUTOR
Palavras-chave: PRP autólogo;PRP homólogo;feridas de pele;histopatologia;equino
Resumo:
O plasma rico em plaquetas (PRP) autólogo é um produto obtido do sangue total, através de uma ou duas centrifugações, resultando em um pequeno volume de plasma contendo elevado número de plaquetas e fatores de crescimento. Os fatores de crescimento provenientes dos α-grânulos plaquetários são componentes importantes na homeostase de tecidos lesados, iniciando e regulando alguns estágios da cicatrização tecidual, por promover quimiotaxia, proliferação e diferenciação celular, neovascularização e deposição de matriz extracelular. A cicatrização das feridas localizadas distais ao carpo ou tarso de equinos, são geralmente complicadas pela falta de tecido de revestimento, menor suprimento sanguíneo, baixa concentração de oxigênio nos tecidos e maior risco de contaminação bacteriana. Em muitos casos quando as feridas não são tratadas adequadamente, poderão tornar-se crônicas, com crescimento exacerbado do tecido de granulação. Os objetivos deste estudo foram: avaliar através da evolução clínica e histopatológica o processo de cicatrização de feridas cirúrgicas, localizadas na região distal dos membros locomotores, tratadas por três métodos distintos de aplicação do PRP e determinar a melhor forma de aplicação do PRP em feridas cutâneas de equinos. Foram utilizados oito equinos hígidos, com idade média de 8 anos (± 3,76), onde foram criadas quatro feridas cutâneas de 4 cm2 de área, no aspecto dorsolateral do terceiro osso metarcapiano, duas no membro anterior esquerdo (A1 e A2) e duas no membro anterior direito (A3 e A4). As lesões cutâneas foram tratadas de acordo com o grupo estabelecido. No grupo (G) I, as lesões cutâneas foram tratadas com infiltração de PRP autólogo nas bordas da ferida, no GII o PRP autólogo foi utilizado na forma gel, no GIII foi usado PRP homólogo e o GIV como grupo controle (apenas aplicação de solução fisiológica). No mesmo animal, cada uma das quatro feridas foi designada a um dos quatro grupos de tratamentos, de forma aleatória. Para cada grupo de tratamento obtivemos oito repetições em regiões distintas nos membros anteriores, nos oito cavalos avaliados. Nas feridas tratadas com o GII (tratadas com PRP gel autólogo) houve redução de quinze dias no tempo de cicatrização quando comparada às feridas tratadas com o GIV (grupo controle). Na análise histopatológica, o GII apresentou maior frequência de inflamação e neovascularização leve a moderada, nas biópsias 1 e 2. O GIV apresentou a maior intensidade de granulação das feridas entre os grupos avaliados. O PRP obtido a partir do sangue total de outro equino, denominado PRP homólogo, pode ser utilizado com segurança e sem riscos na cicatrização cutânea de equinos, mostrando-se como alternativa para animais com hipovolemia e trombocitopenia. Neste estudo, o PRP autólogo, na forma gel, tanto na avaliação clínica como na histopatológica apresentou o melhor resultado para aplicação em feridas cutâneas localizadas no membro distal de equinos. Não foi observada correlação entre o número de plaquetas do PRP e o tempo de cicatrização das feridas de pele.